Eu passei a utilizar filmes para abordar questões sociais como Cronicamente enviado de Sérgio Bianchi.
O filme de Sergio Bianchi aborda várias questões sociais, mas sem sombra de duvidas a grande desencadeadora de todas as problemáticas é o comodismo do cidadão brasileiro, o Sérgio Bianchi mostra a realidade de vários estados brasileiros, na Bahia, enquanto o País se definha diante dos problemas, os brasileiros querem só fazer festa, ou seja, é uma forma de não assumir os problemas sociais e fingir que está tudo bem.
Cronicamente inviável também mostra a violência da policia, esta mesma que tem por obrigação nos proteger, acaba por colocar a sociedade em pânico. Entre estes problemas sociais, o mais interessante é a forma com que o autor faz a critica, em um momento em que uma senhora atropela um menino e sai de dentro do carro dizendo, “a culpa não é minha, foi ele quem entrou na frente”, de certa forma o autor coloca esta mulher no lugar da justiça brasileira, pois ela faria o mesmo, “a culpa não é minha”, e logo e fecharia os olhos para o problema como fez a mulher, que saiu logo em seguida sem prestar socorro a vitima.
O jeitinho brasileiro foi bem representado na cena onde o ator fala para sua mulher sobre o trambique, ele diz que é impossível viver sem a malandragem, pois só sobrevive neste país quem está disposto a passar o outro para trás.
As questões sociais se associam muito bem com o nome do filme, pois se trata mesmo de problemas que jamais terão fim, ou seja, crônicos, e claro, inviáveis para qualquer nação.
O autor aborda o preconceito de várias formas, não só racial, mas também resgata todos os outros tipos de preconceito, entre eles de classe social, as diferenças entre patrões e empregados, a visão que moradores de determinados estados tem de moradores de outros lugares. Podemos observar quando o nordestino chega ao sul em busca de oportunidades, e o sulista diz que estão cansados de carregar o peso da incompetência do restante do Brasil nas costas.
O filme deixa uma mensagem positiva no final, uma mulher de rua aconselhando o seu filho a ser honesto, a pegar da mão do outro só o que lhe foi dado, de certa forma é algo muito positivo, mas mesmo assim ainda não resolve o nosso problema social, pois é preciso oportunidades a essa criança, para que ela leve uma vida digna, e que tenha educação, pois uma sociedade que carece de cultura e oportunidades, dificilmente construirá uma nação como eu já havia dito na defesa do uso de Multimídia e Hipermídia na área da educação.
Ps : Os resultados foram animadores, pois os alunos entenderam o legado, e possivelmente vão se lembrar e até aplicar no decorrer de sua vida e no seu dia a dia.
A idéia é fazer nossa parte como educadores.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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